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sábado, 20 de novembro de 2010

Era uma vez...

Era uma vez uma menininha, ela tinha um sonho...e o sonho aconteceu. Mas o sonho cresceu e a menininha não conseguiu crescer junto...a menininha sentou na beira da calçada e começou a chorar...chorou porque não entendia como um sonho que começou pequeninho podia ter crescido tanto e escapado de suas mãos...Enxugando as lágrimas a menininha levantou, pensou em uma forma de pegar o seu sonho de volta, mas aí deu-se conta que não era preciso resgatá-lo, era necessário deixa-lo livre e criar novos sonhos...Então a menininha cresceu, chorava menos agora e projetava sonhos todos os dias...Aproximaram-se dela pessoas que também sonhavam, assim como ela...A fábrica de sonhos cresceu! As pessoas começaram a comprar sonhos, a pedir sonhos, a pagar sonhos...A menininha, agora quase adulta, gostava da ideia e se divertia, vendia os sonhos e isto a deixava imensamente feliz...O tempo passou, e as pessoas que aproximaram-se da menininha e que também tinham sonhos,começaram a sonhar coisas diferentes, e estes sonhos diferentes, começaram a deixar a menininha triste novamente. Mas ela preferiu engolir as lágrimas e continuar, afinal o grande sonho, era sonhar juntos,e parecia, que todos na sua fábrica faziam isso.
Ah,mas ela estava tão enganada!
Cada um na sua fábrica tinha um sonho diferente,muito diferente do dela que cresceu lá no inicio e foi embora. Triste a meninha, decidiu fechar a fábrica e recomeçar tudo de novo. Lá estava ela de volta, na calçada chorando,sozinha...
De repente, numa árvore próxima a menina reconheceu seu sonho antigo, todo enredado na árvore, velho, mas ali, o tempo todo perto dela.Ele nunca tinha ido embora,ela é que não o enxergava mais...Passava todo dia por aquela árvore para ir a fábrica e nunca tinha parado para observar com calma.
E a menininha riu...riu como a muito não ria...subiu na árvore e agarrou seu sonho nos braços...
O sonho inicial estava ali e era preciso agarrá-lo, amá-lo, cuidá-lo, mesmo sozinha...
Feliz a menininha foi correndo para casa, pulando amarelinha, cumprimentando todos por quem passava. As pessoas não entendiam o que uma menina com um monte de "tralhas" nas mãos podia deixar escapar tamanha felicidade.
Aquela noite a meniniha dormiu tranquila,tão tranquila com seu sonho antigo do ladinho da sua cama que novos sonhos começaram a aparecer...E eram tantos...

A menininha? A menininha sou eu, Lisi Berti.

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