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terça-feira, 3 de março de 2009

O NOVO ACORDO EM "DESACORDO" ORTOGRÁFICO



Para quem ainda não sabe, entrou em vigor a partir de janeiro de 2009 o novo acordo ortográfico, as mudanças no idioma visam universalizar a língua portuguesa (Que piada!). Falar sobre o novo acordo ortográfico implica saber que em termos históricos já se fizeram várias tentativas de unificação da ortografia da língua portuguesa, sendo que a primeira data de 1911, que culminou em Portugal na primeira grande reforma. Depois existiram várias tentativas, sendo a mais importante a de 1990 que é a que está por trás de todo o celeuma (barulho, algazarra) levantado atualmente sobre esta questão.


Unificar!!Com tantos problemas sérios, eles querem unificar os países que falam português desrespeitando por exemplo a etmologia das palavras!!Uau! É o que eu chamo de revolução de idéias! Opa, agora ideia perdeu seu acento, porque ditongo aberto em (ei,oi) não são mais acentuadas em paroxítonas! Ideias sem acentos! Elas vão ficar no ar,imagino...


Tudo muda e ocorre um grande impacto destas alterações que não serão sentidas agora, mas futuramente.Fora isso, serão as novas publicações e reedições (ai, será que escreve assim...to confusa!!!) dos livros didáticos por exemplo, fora a reaprendizagem de alunos e professores. Imaginem as crianças que foram alfabetizadas recentemente e que terão que, de certa forma , passar por uma lavagem "alfabetal".


Sem este acordo ridículo, os países poderiam seguir um processo natural de evolução, dinamizando a língua uma vez que as variantes escritas da língua são perfeitamente compreensíveis por todos os leitores de todos os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Será um período de adaptação de 6 anos, podendo ser usada as duas grafias. Quanta sensatez! Imaginem se ratificam o acordo neste tempo, teríamos a CPOP (Comunidade dos Países Obsoletos de Língua Portuguesa). Ninguém parou para pensar sequer nas consequências (agora não existe mais o trema na nossa malígna língua).


Todos nós, além de um novo dicionário, precisaremos de autoajuda (que perdeu o hífen). As novas regras deviam vir em embalagens com contraindicação (sem hífen também, meus caros)assim poderíamos no precaver contra os efeitos colaterais, podendo inclusive nos tratarmos em tempo.A médica aqui, imagino, seria a Doutora Gramática, depois passaríamos pela consultório psiquiátrico do Senhor Aurélio e teríamos como enfermeiras "K", "W" ou "Y", sim, porque agora nossas amigas estrangeiras fazem parte do nosso alfabeto, que é formado por 26 letras!!


Mudanças meu ilustres colegas! Sou adepta a elas, mas convenhamos que estas vem com uma bagagem de regras intoleráveis, como se já não bastasse as regras antigas, que demoramos anos para aprender,se é que ninguém nunca colou ou chutou numa prova de vestibular, agora temos que "engolir" o novo acordo guela abaixo (güela com trema eu achava mais bonitinho). Me desculpem os que defendem o novo acordo, mas ou eu sou um ser desprovido de inteligência e este novo acordo nos trará grandes discussões, muitas dores de cabeça e pilhas de regras e seres em colápso ortográfico ou o mundo está mergulhado numa contraordem (também sem hífen).


Salve-se quem puder!! Enquanto isso, navegamos no mar do novo acordo ortográfico, batendo nos "icebergs" da língua portuguesa e sua novas regras , aportando Deus sabe como!!!Uma situação suprassensível (sem hífen também porque é uma palavra formada por prefixo e terminada por vogal e iniciada por "s" que neste caso, deve ser dobrado)SOCORRO!!!



2 comentários:

Luxuria disse...

Pra que? Reforma da língua, tinha que ser da minha, pra ver se sinto o gosto melhor da vida!!!

Anônimo disse...

Adorei. Maldita! Maldita! rs, beijos Reca