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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Estréia de Rainha do Lar em POA


E no dia 22 de fevereiro estreiou em Porto Alegre o meu terceiro texto de teatro: RAINHA DO LAR.

A Cia Halarde de Teatro que já montou DONA GORDA (também de minha autoria),repetiu a dose, investiu na mesma autora, mesma atriz (Lucia Bendati) e mesma direção(meu amigo querido Paulo Guerra).

A peça mostra de forma curiosa e divertida o universo de uma Rainha do Lar, onde acompanhamos as reflexões desta mãe, dona de casa, esposa e mulher. As perdas e ganhos dedicando-se somente ao lar num verdadeiro mergulho na alma feminina.

A montagem da Cia Halarde é muito eficiente no que se propõe, o cenário uma cozinha, onde a Rainha "reina" absoluta. Em cena Lucia, numa performance muito engraçada, discutindo com a vassoura, dançando, cantando...Cansamos com ela em cena, pois ela não pára nunca, como uma típica dona de casa atarefada.

A peça ficará em temporada na Sala Carlos Carvalho até final de março. Vale a pena conferir e se divertir. A direção é boa, a atriz é boa, já o texto...dizem que é bom! (hehehe)

Mais informações: ciahalardeteatro@yahoo.com.br visitem tb o blog da rainha:

rainhadolarteatro.blogspot.com

Algumas coisas que você vai ouvir por lá, da nossa Rainha do Lar:


"Nada como uma cerimônia de casamento! Amor, felicidade, planos cheios de cumplicidade.Uma vida para ser curtida a dois! A cena é tão perfeita que mal percebemos que o quadro coincide com o início de uma tragédia"


"O passado só é lindo porque já foi. Não adianta tentar reproduzir as cores dele no presente que o tom nunca será o mesmo."


"Passar roupas! Calças,camisas, cuecas...roupas que não são minhas... Por sinal, se eu fosse contar, roupas minhas é o que menos tem nessa pilha!"


"A felicidade não é um evento e sim um processo.Eu só preciso liberar mais a minha se-ro-to-ni-ma, uma substância liberada pelo cérebro toda vez que você sorri."


É engraçado ouvir e ver essas palavras sendo ditas por outra pessoa. Escrevi esta peça em 2002, nunca fui muito do lar, só quando ganhei a Ísis que fiquei um pouco caseira (e quase enlouqueci com as tais tarefas domésticas), escrevi em homenagem à minha mãe, ela também tem três filhos, e sempre foi DO LAR!Na peça a cena que eu realmente vivi e faço até hoje é quando a Lucia passa roupas. Eu odeio passar roupas e faço exatamente como ela faz! Lembrarão de mim!

Cuidei a reação da platéia, as mulheres riam principalmente nas cenas que retratam o dia-a-dia os homens davam umas olhadas para suas mulheres, pois serviu de alerta...

Por isso amo minha arte, uma forma simples de se chegar onde se quer chegar sem lições de moral.Teatro é resgate de emoções, sensações e desprendimento da realidade. Escrever eu sei que não vou parar!!!

Um comentário:

Paulo Guerra disse...

BLOG DA HALARDE
http://ciahalardedeteatro.blogspot.com/