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domingo, 21 de agosto de 2016

Tempo de contabilizar feridas e renascer


A vida e seus ciclos naturais. Ciclo da lua, ciclo menstrual, ciclo das estações, ciclo da vida. E tudo tem começo, meio e fim. E é no fim que nos recolhemos, onde ficamos em silêncio contabilizando e mexendo nas feridas, fazendo um balanço emocional do que somos, estamos e o que queremos. E isso geralmente dói. Perde-se a vontade ver gente, de sair, de fazer várias coisas. Costumo chamar esses momentos preciosos de "luto existencial". O luto de nós mesmos! Onde choramos as dores sofridas, bebemos e brindamos as más escolhas, quando nos olhamos no espelho e conhecemos nosso lado mais terrível e doentio! (Pasme, todos temos mas escondemos até onde podemos).
Esses nossos invernos emocionais nos fazem mergulhar e tomar um café com nosso lado "escuro", e apesar dos temores nos damos conta da nossa força e superação para enfrentarmos nossos  monstros.
Os mais próximos nos cobram presença, nem todos entendem nosso afastamento estratégico, a vontade de jogar tudo para o ar sem tem a menor preocupação de onde tudo vai cair. Fechar portas, encerrar contratos, dizer não pelo prazer do simples "porque não", parar, respirar, reavaliar o caminho, as escolhas, os atalhos da maldita preguiça...Não importa onde paramos, o importante é que estamos seguindo um caminho. 
Tenho esgotado minha paciência com gente enrolada, esnobe, fútil, sem "pé nem cabeça", gente que não se deixa emocionar, gente vazia, gente ranzinza, gente chata que complica tudo por simplesmente querer ser diferente. Gente que explode de felicidade em rede social e é decepcionante pessoalmente.  Eu não quero mais perder tempo, eu reajo aos meus ciclos, me reinvento, me reconstruo, me regenero, respeito, admito erros mas não tenho sangue de barata. Não mais! Eu não quero ter que agradar ninguém, não sou dessas, eu quero ser simplesmente eu, com toda a gama de loucura e meiguice, simplicidade e caos. Eu abro portas para as pessoas fazerem parte do meu contexto de vida, mas não convido duas vezes. 
Agregar! Fazer a diferença. Se não for para isso nem perca seu tempo comigo ou com qualquer outra pessoa. Uma taça de vinho já preenche muitos vazios do que uma noite de "conversa fora" com pessoas sem conteúdo. 
Vais começar um novo trabalho? Vais sair com alguém? Formar novas amizades? Vai fazer amor? Dê o seu melhor, senão nem saia de casa! O mundo precisa de gente com sangue quente nas veias, calor no coração e alma iluminada. Gente que não faz voltinhas para falar o que sente e do que gosta. E, sobretudo lembre-se de fazer ao outro o que gostaria que fizessem a você. Não existe controle, e você não tem controle nenhum sobre nada ou ninguém...ainda está aprendendo a ter sobre você...
Permita-se sair da zona de controle e experienciar primeiro o seu caos, depois o caos alheio. Eis a maior delícia de ser humano, eis a melhor forma de conhecer o outro. Porque te digo, se te aguentarem no teu caos, no teu inferno astral, no teu inverno emocional...meu bem, uma salva de palmas, porque essa pessoa realmente gosta de você como é e não pelo que representa.
Levanta, abre a cortina, tira o pó da janela, toma um banho, vai pra rua. Teu ciclo pode começar agora, depende unicamente de você! Vamos lá, "ser humano"?




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